2/28/10

Modelo vivo - Fevereiro de 2010

Ontem aconteceu a primeira aula de modelo vivo do ano no atelie. Como ja fazia algum tempo desde a última vez, as vagas foram preenchidas rapidamente. O que geralmente demora mais de meia semana não passou de 2 dias.

Na hora marcada, todos a postos, menos a modelo, que ficou presa no trânsito. Já tinha gente falando que ela parou o trânsito por que havia  saido de casa já sem a roupa.
Mas, piadinhas sem graça a parte, ela logo chegou e acabou me surpreendendo pelo fato de fazer a pose longa (1 hora) de uma tacada só. Geralmente as modelos param por 5 ou 10 minutos, mas essa apenas dava uma esticada e 10 ou 15 segundos depois voltava para a pose.

Poses de 5 minutos

Como estamos desenvolvendo o desenho gestual durante a aula, foi o que tentei usar durante as poses da modelo.
Pela característica muito mais abstrata do desenho gestual, a dificuldade que encontrei foi conseguir conectar as linhas internas, pelo fato de não usar um boneco de modelo. O esforço foi bem maior (até pelo fato de eu não dominar este modo de desenho), mas me agrada bastante este processo por ser muito intuitivo.

Pose de 1 hora

Antes de começar a pase longa, pensei em fazer um tipo de imprimação na folha branca com o lápis contè sepia, mas me dei mal nesta idéia pois i o lápis conté não espalhou bem quando passei o dedo. Tive que lidar com isto, e usei o lápis contè sepia no desenho, especialmente nas sombras. A minha sorte foi que a borracha recuperou o branco do papel para as áreas de tom mais alto. 

O processo usado foi o mesmo das poses curtas: desenho gestual rápido para   encontrar o todo da figura e após isso ir lapidando por cima. 
Finalmente entendi (e melhor ainda, consegui usar) um conceito que o Maurício passou em aula algumas vezes, que ele trouxe do workshop com Burton Silverman. A ideia é traçar uma linha de construção (de base portanto) para determinar o limite de uma forma, seja ela bidimensional ou tridimensional.
A cor na esquerda da modelo eu coloquei após o termino da sessão, porque embora tivesse gostado do resultado, sentí que era preciso separar mais o fundo da figura, e acho que funcionou bem como acabamento.