6/11/09

Inevitavel

Há um bom tempo atrás, meu professor me convidou (assim como alguns outros colegas de atelie) para participar de uma exposição.
Na época ele dava aulas no MUBE (Museu Brasileiro da Escultura) e haveria uma exposição de alunos de vários cursos do MUBE, e como ele havia começado o curso de desenho lá a pouco tempo, fomos convidados para representar o curso de desenho e pintura realista.

Fiquei sabendo desta exposição num sábado, e que seria inaugurada dali a uma semana e alguns dias. O Maurício (meu professor) me explicou sobre ela e disse:" Leva aquele desenho do velho chinês (qualquer dia eu coloco ele no blog, pra quem não conhece).

Mas nem tudo eram flores. Um dia antes eu havia inscrito este desenho do chinês em um outro salão, e por isso não poderia levá-lo para o MUBE. Na época também não tinha muitos trabalhos acabados a ponto de ter um outro que pudesse tomar o lugar do chinês. A saída seria fazer um trabalho novo nessas duas semanas.
No mesmo dia já tinha um conceito na cabeça e referências necessárias, e no dia seguinte fiz um esboço rápido que iria mostrar ao Maurício.
Alguns dias depois já havia mostrado o esboço e já tinha algumas diretrizes para o trabalho final.



Em menos de 1 semana fiz o trabalho final, o que pra mim na época foi um feito, pois costumava demorar muito mais mesmo em trabalhos simples. Uma das coisas que fez com que o trabalho fosse executado mais rapidamente foi o estudo feito anteriormente, que antecipou alguns dos problemas que poderia ter e me fez ter em mente como eu queria o trabalho final.

6/02/09

Obra do acaso (Vecchio)

Numa tarde em que o trabalho me deu uma folga (é raro mas acontece), resolvi desenhar. Procurei a primeira foto na internet de que gostei e usei de referência para um desenho rápido em grafite.

Algumas coisas neste processo foram recorrentes, entre elas a escolha do modelo: mais um velho (não consegui entender ainda por que dessa fixação em desenhar velhos). Outra das coisas recorrentes foram alguns erros na estrutura do desenho.

No sábado seguinte mostrei para meu professor, por que é sempre bom ver o que ele fala sobre um trabalho. Claro que ele achou mais alguns problemas além dos que eu tinha notado.

Em casa, fiz então um outro desenho, agora em pastel colorido, pra arrumar os problemas do anterior. Peguei um pedaço de papel craft que já tinha cortado e que estava me atrapalhando e foi nele mesmo (nota mental: nunca use qualquer coisa pra trabalhar, pois nunca se sabe o quanto ela pode se tornar uma obra acabada).



O resultado deste processo que começou como um "passatempo", apenas para treino, foi uma obra de que gostei bastante, e que por displicência minha não está no melhor dos suportes (inclusive com uma dobra que atravessa de lado a lado). Da próxima vez é melhor prestar mais atenção a todo o processo, mesmo para algo que teoricamente não será uma obra finalizada.