Felizmente quando se estuda uma obra de um mestre, muitas vezes se pode entender como ele mesmo pensou ao fazer aquilo, e a sensação é quase como se o próprio estivesse conversando com você.
Neste último mês estive estudando desenho tonal. É um estudo em carvão e pastéis em tons de cinza, aonde se deixa o valor do papel agir como meio tom.
Quando recebi a referência do meu professor, não só achei que seria um estudo relativamente fácil como não sabia de quem era o original.
Lá estava eu com aquela referência de panejamento (tecido) pensando que seria mais trabalhoso do que difícil de fazer. E comecei o desenho no carvão.
Conforme ia avançando, cada vez mais ia percebendo que o buraco era mais em baixo. Por sorte meu professor corrigiu alguns problemas logo no início e então percebi a complexidade do pensamento por trás daquele pano enrolado.
Demorei um pouco, mas acabei a minha conversa com o Leonardo da Vinci. Depois de conhecer o modo como ele pensava o desenho, respeito muito mais este artista do que apenas quando via a Mona Lisa (La Gioconda) e ouvia as pessoas dizerem que era um gênio. Eu prefiro chamá-lo de Mestre.
Carvão e pastel sobre papel Original de Leonardo da Vinci |
Ao vivo está ainda melhor! Muito bom, Alexandre.
ReplyDeleteTambém prefiro, principalmente porque, por genio, entendemos um indivíduo "despirocado" que ninguém entende.
ReplyDeleteAbs.