2/05/12

Pinacoteca - Eliseu Visconti

Domingo passado reunimos por volta de 20 pessoas entre alunos e amigos do ateliê que estudo para uma visita à Pinacoteca do estado de São Paulo, especialmente para ver a exposição sobre Eliseu Visconti.

É uma exposição que vale a pena visitar, pois Eliseu Visconti tem algumas obras muito interessantes, seja pelo trabalho muito bem executado ou pela mudança de perspectiva, passando de obras lineares (de qualidade) a outras de conteúdo pictórico muito bem executadas. Alias, um adjetivo que o colega Marcelo deu a  Eliseu Visconti e que concordo plenamente é que é muito arrojado, especialmente na hora de passear por outras vertentes que deviam ser moda na época.

O colar - 1922

Passou pelo impressionismo e até pelo modernismo, mas infelizmente, como acabamos chegando à conclusão, não mantém o mesmo nível técnico nessas incursões, embora em alguns momentos se saia muito bem.

Uma curiosidade é que encontramos em uma das salas um desenho pequeno que conhecemos muito bem no atelie.

 

O desenho da esquerda é o de Eliseu Visconti. O da direita é de John Singer Sargent, pintor americano que costumamos estudar. Comparando os desenhos, não dá pra falar que não foi uma cópia, muito mal feita.
O ponto negativo disso é que não ha menção alguma a Sargent, e o desenho está inclusive assinado por Eliseu Visconti.
Como ponto positivo posso dizer que já ví muito aluno do atelie fazendo cópia desse desenho muito melhores.

Após um café, fomos desenhar algumas esculturas pela pinacoteca.

BRECHERET
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AUGUSTE PUTTEMANS
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RODOLPHO BERNARDELLI
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RODOLPHO BERNARDELLI
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2/03/12

Pequeno desenhista

Quarta feira passada, passei metade da tarde no colégio aonde minha filha estuda. Bom... estuda tanto quanto uma criança de 2 anos e meio poderia estudar, ou seja, brinca, socializa... e se desenvolve bastante. Como ela ainda é pequena, existe um período de adaptação, e eu tive que acompanhá-la. Fiquei na parte externa do prédio, conversando com o pessoal que faz a segurança, e depois me voltei a uma estátua de Nossa Senhora de Scion que existe ali.Como estava com meu caderno, resolví desenhá-la, já que estava empolgado por ter ido à Pinacoteca no domingo anterior.

Nossa Senhora de Scion

Fiz um desenho relativamente rápido. Não deve ter passado de dez minutos, mas o que foi realmente legal foi um menino que foi falar comigo.

Ele chegou, me perguntou o que eu estava fazendo. Eu respondi e vendo o interesse, perguntei se ele gostava de desenhar. Ele disse que sim e saiu correndo.
Alguns minutos depois ele voltou. Ofereci a ele uma folha e lápis, e ele me mostrou um caderninho que havia ido buscar.

Parou perto de mim e começou a rabiscar alguma coisa. "Quer ver o que eu desenho?"
"Claro!", eu disse, e continuei ali.

Após alguns minutos ele me mostra um dragão, digno da imaginação de um menino de 10 anos.
Como já tinha me cansado (é, a idade pesa... hehe) me sentei e ele veio me perguntar: "me diz alguma coisa pra eu desenhar?"

Isso me lembrou muito a minha infância, quando torturava minha mãe com essa mesma pergunta.
"Um cavaleiro, pra matar esse dragão!", e ele se deitou no banco, na minha frente e empolgado começou a rabiscar. E eu, muito feliz de ver esse pequeno desenhista em sua felicidade em fazer algo que gosta, resolvi fazer algo que gosto também.